terça-feira, 4 de outubro de 2011

Rio Grande do Sul terá cadastro de Doadores de Órgãos

O Projeto de Lei 25/2011, de autoria do deputado estadual Adilson Troca, foi aprovado por unanimidade no plenário da Assembleia Legislativa, na tarde desta terça-feira (04). A iniciativa cria um registro público das pessoas que manifestarem em vida seu desejo de doarem órgãos. O objetivo é superar um dos principais entraves ao processo de doação que é a dúvida da família sobre qual decisão tomar no momento de uma tragédia.

O deputado Adilson Troca explica que a legislação federal estabelece que quem autoriza a doação em caso de uma fatalidade é a família. Neste contexto, a disponibilidade de informações em um banco de dados confiável auxiliará na tomada de decisão sobre doar ou não os órgãos da pessoa. “Atualmente cerca de 52% das famílias nega a doação. Na maioria destes casos o que falta é informação sobre qual era a vontade da pessoa. Temos convicção de que este projeto auxiliará mais famílias a decidirem favoravelmente”, explica o deputado.

O projeto determina que o Estado disponibilize em locais de atendimento ao público formulários de cadastro para quem quiser manifestar o desejo de doar seus órgãos. Desta maneira cadastros colhidos por campanhas de clubes de serviço, prefeituras e outras entidades poderão ser reunidas em um cadastro único sob responsabilidade do Governo.

Com a aprovação no plenário da Assembleia Lesgislativa, o projeto aguarda apenas a sanção do Governador para se tornar Lei.

Frente Parlamentar

O deputado estadual Adilson Troca coordena a Frente Parlamentar de Estímulo à Doação de Órgãos. Os trabalhos são realizados em parceria com entidades, clubes de serviço e poderes com o intuito de conscientizar a população. O grupo criou o blog www.serdoador.blogspot.com que diponibiliza informações para esclarecer dúvidas.

Segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes (ABTO), o Rio Grande do Sul ocupa atualmente a quinta posição entre os estados brasileiros em número de doações realizadas, com 13,9 doadores por milhão de habitantes. Em primeiro lugar está Santa Catarina com 25,3 doadores por milhão, seguido de São Paulo com 20,3; Rio Grande do Norte com 15,9 e Ceará com 15,4.